Alma
Meu eterno dilema,
É ser luz e trevas
Chão batido e ar,
Tear sem fio
Ter ou ser
E o nada habitar.
É crença terrível
Abstrata num eterno
Fugaz
Onde perco, onde me encontro
Num consumo voraz.
Fome, terror, solidão
E mesmo em minha companhia,
É tensão, tesão
Luxúria sacrossanta,
É o bom amando o mau
Em uma dança bela,
Cruel.
Uma loucura singela
Um bilhete de amor a existência.
Rasgado e deixado na janela
Do caos.