Alma

Meu eterno dilema,

É ser luz e trevas

Chão batido e ar,

Tear sem fio

Ter ou ser

E o nada habitar.

É crença terrível

Abstrata num eterno

Fugaz

Onde perco, onde me encontro

Num consumo voraz.

Fome, terror, solidão

E mesmo em minha companhia,

É tensão, tesão

Luxúria sacrossanta,

É o bom amando o mau

Em uma dança bela,

Cruel.

Uma loucura singela

Um bilhete de amor a existência.

Rasgado e deixado na janela

Do caos.

Aurélio Leal
Enviado por Aurélio Leal em 18/06/2019
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