NOVO OLHAR

NOVO OLHAR

Há uma voz sem eco,

que se perde

no silêncio da noite avançada.

E eu não sei

se é você quem me fala

de algum profundo abismo de sua alma,

que até então,

nao consegue emergir de si.

Fala-me, e eu mal te escuto.

Estende-me as mãos e eu não as alcanço.

Clama-me por socorro,

mas não cita Deus em sua súplica.

A noite avança

em seu precipício, mas não se modifica,

para que mereça a claridade do dia.

Eu estou do lado de cá,

e você do lado de lá.

A vida e o mundo estão confusos

em seu pensar. O que é o céu, senão a paz

na própria alma? O que é o inferno,

senão o tormento no próprio eu obscuro?

Recebo a luz e dou-te,

a cada instante que me suplica

o consolo espiritual que necessita.

Mas pede sobretudo a Deus, que, caso

mereça, lhe será misericordioso,

e lhe enviará os Mensageiros da Luz,

que lhes socorrerá,

lhes doando amparo e eflúvios

regeneradores. E logo perceberá que,

arrependendo-se, as leis morais

lhes prevalecerá na consciência.

Desde então,

a sua voz sem eco, será ouvida

por mim, e mais de perto, pelo

seu anjo da guarda. E a noite,

que parecia sem fim em seu íntimo,

lhe será de novo dia,

como um claro espelho

em seu novo olhar.

Escritor Adilson Fontoura

Adilson Fontoura
Enviado por Adilson Fontoura em 13/02/2019
Código do texto: T6573803
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