BECO SEM SAÍDA
BECO SEM SAÍDA
Entrei num beco sem saída,
Não sei até como voltar,
Nesta estrada proibida,
Não sei onde vou chegar.
Ah se arrependimento matasse,
Talvez eu não estaria mais aqui,
De tristeza o meu peito calasse,
Não viesse sequer mais sorri.
Sinto-me preso num labirinto,
Sem saber como sair,
Esqueci o cheiro do absinto,
Tentando em vão dali fugir.
Quanta situação a vida prega,
No cumprimento da empreitada,
Para lugares sombrios nos carrega,
Até o fim de cada jornada.
Somos escravos do destino,
A correr para lá e para cá,
Verdadeiros peregrinos,
Neste mundo atroz a vagar.
Fortaleza, 20/10/2018.