PASSOS DE MINHA ALMA
PASSOS DE MINHA ALMA
Sente-se bem
a minha alma,
seguindo a cada instante,
os passos habituais
dos versos dela emergidos;
passos espíritas,
que constroem versos
mediante a alma viandante;
e que,
após as andanças astrais,
revela no corpo físico,
algumas impressões dos sentidos.
Quão me apraz
relatar agora,
a leveza espírita desses passos,
que simbolizam
a realidade dos dois mundos distintos;
num, ela (a alma) capta os versos
ante a beleza dos espaços astrais;
noutro, ela se frustra,
por ter que compor versos
que falem
de baixezas morais,
de impuros instintos.
Antes de os compor, os meus versos
decerto,
aprendem a cintilar como as estrelas;
e trazem,
no íntimo de minha alma,
a beleza fantástica da noite estrelada;
por isso é que sinto,
em cada passo poético,
a essência das coisas
divinas mais belas; e delas me sirvo,
bem contente,
para que a minha alma
sinta-se sempre edificada.
Assim,
não há versos meus
que não se construam,
senão,
a partir da beleza onírica
dos passos de minha alma;
passos poéticos espíritas
que se inspiram nas Leis Divinas;
passos
que nos fazem mover e existir
incessantes
(como seres espirituais),
no Cosmo Infinito.
Escritor Adilson Fontoura