Oh, meu Deus! Perdoai-me...
Oh, Deus meu! Perdoai-me pelas angústias contidas
Pelas dores tragadas e recriadas em mente viva
Que eu insisto em silêncio avivar.
Oh! Senhor dos anjos, arcanjos e toda a vida....
Perdoai-me pela ingratidão que faz-me sina
Pelos fardos que carrego sem precisar.
Oh, Senhor! Deus que move céus e toda terra
Que ressuscita ante a morte em plena guerra...
Perdoai-me pelos atos falhos do caminhar
Pai onisciente, onipresente e santificado
Não sou digno de pedir-lhe o seu afago
Ante os erros que me fazem desandar.
Pai que move montanhas e retira espinhos
Que faz de repente a água tornar-se vinho
Iluminai o que eu não consigo enxergar.
Oh! Senhor do amor e da misericórdia
Que acalma o mar e traz-nos a glória
Faça-me forte como uma criança a brincar
Senhor da paz, da vida e do discernimento
Perdoai o teu frágil servo nesse momento
Que reluta em ir à luta como um vencedor
Oh, Deus soberano! Pai de todos nós...
Perdoai-me pelo erro fútil e atroz
Perdoai-me eternamente pela minha dor
Oh, magnânimo! Desculpe a minha fraqueza
Talvez ainda não entendi a forma da natureza
E como o destino é peculiar a cada ser
Oh, Rei dos Reis! Desconsiderais minhas lamúrias
Envergonho-me do quão fraco sou nas fúrias
Do quão desatino minha arte de viver