O Mistério das Águas
O Mistério das Águas
Eu fui um vale seco,
Então vieram as águas.
Eu fui deserto árido,
Então vieram as águas.
Eu fui terra desabitada,
Então vieram as águas
Eu fui um solo estéril,
Então vieram as águas.
(...)
As águas vieram e
os dias cansados se foram,
o rosto rachado também.
O vale inundou esperança
e a natureza ecoou o sinal.
Os brotos fluíram no deserto,
a secura tornou-se em nada e
vieram o encontro das águas.
Na beirada das correntezas
raízes acharam próprio lar.
E agora ao cheiro das águas
posso reencontrar o eu ideal.
E olhando assim para mim,
frondoso, frutífero, fascinante,
entendo o mistério das águas,
as que correm em mim, por mim,
Através de mim.
Paulo Victor