Adaptação
Para o final desta calçada
Em que nos encontramos nós
Foi concebido um destino
Pelas nuas mãos da rebeldia
A curiosidade alheia
Deu vida à morte da humanidade
Deus faz a sentença
E pede-nos fidelidade
Eu me prostro a ti
Fi-lo vezes a falhar
Com medo de estar a ser surdo
Para ouvir-te a voz
A tua graça me basta
Podendo não ser o bastante
Para eu viver em paz
E acreditar que és amor
Ou acreditar nas minhas dúvidas
Em vez da convicção de graça
Eu não vejo os sinais
Ou pelo menos me distraio
A fugir da verdade
Fartei-me de não te entender
Portanto
Levo a adaptação como opção
Os problemas como oferta
Se és tu que mos dá
Assim como os dias
Seguem-se no calendário
E os anos passam
Carregando as estações
Estranha é a igualdade
Para uma eterna posteridade
Vendo a diferença a fazer o mundo
A indiferença a maldade
E saber que tudo isso
Deveria acontecer...