Senhor, a vós entrego essa dor!
Senhor...
Sempre coloquei tudo em vossas mãos benditas, enquanto me prostro aos vossos pés.
Não me envergonho de buscar,
De querer ter fé...
Trilhar o vosso caminho é difícil, mas é o certo.
A vossa porta é estreita.
Jà o caminho que conduz ao mal é amplo...
Convidativo,
Agradàvel aos instintos,
Parece belo,
Mas conduz à ruína!
Paixões mundanas,
Sejam quais forem...
Conduzem ao desembestamento!
Relações firmadas na carne,
No ter,
Nas vantagens,
Nos usufrutos...
São podres!
Quais furúnculos,
Um dia estouram!
Tornam-se pústulas...
Necrosam,
Matam!
O que é firmado em vós,
Meu Deus,
Subsiste até à morte...
Pereniza-se para a vida eterna...
O paraíso!
Lastimo a decepção...
Mas ela é reveladora.
A ojeriza procede ao ultraje,
Casa-se com o desprezo!
Tudo foi apenas ilusão,
Em todas as fases...
Restaram apenas as cinzas...
Que o vento da amargura soprarà e diluirà no infinito.
Adeus,
Antes que seja tarde...
Não hà outro estàgio.
Mas hà a minha vida em Deus,
Até o dia que Ele me chamar.
Neste ínterim,
Com Ele
Por Ele
E nEle
Eu buscarei a felicidade...
Na vida comezinha.
Façamos a festa,
Que o luto a vida se encarrega de providenciar!
Thomas, o Saldanha
Natal, 06/08/2018.