Foda-se!
Declare-me rebelde
No dia da (in)dependência
Pela forma livre de pensar
Em prol da própria demência
Marcho durante dias sem direcção
Em direcção à contramão
Da ordem pública, então
Sou a desaceitação
Eu não sigo a caravana
Desvio-me da estrada
Vou a pé pelos matos
Não tenho pressa de nada
Eu evito a orgia
E o desrespeito global
De sermos todos iguais
Por uma questão vanglorial
Pelo amor ao desamor
Do que considero banal
Mantenho-me desobediente
À obediência do ritual
Das marionetes do sistema
Educativo e social
Que se fodam os padrões
Morremos todos no final.