Minha espinha dança
Sinto meu tão esperado réptil se por em pé
A cada deslize que ela se da esbarra nas paredes de minha alma
Que acompanha seu gingado a meia noite desta madrugada
Meus baús estão preenchidos de luz
Seu rabo bate e abre o primeiro
O segundo é aquecido pela luz que sobe
Abre-se e puxa a tampa do terceiro
Ouço chocalhos, pandeiros e tambores.
O quarto olha pra fora e vê a festa que se inicia
Chama o quinto para dançar e seduzir
O sexto que pronto já estava,
Olha, sente que já pode dar o ar da graça.
Tudo começa a se encaixar
A grande serpente reúne a luz de todo o ambiente em teu umbigo que não mais rasteja
Ereta, esguia e dança, dança, dança ...
As flautas, as cordas, são as batidas do meu coração
Tudo está vivo
O sétimo baú se expande
Tudo é luz
Dentro e fora de mim.