Aquele velho jatobá

Aquele velho jatobá

guardava a seiva dos amores do império

que riscavam juras na base de seu tronco

e se amavam na sombra de sua copa.

Aquele velho jatobá

bem ali, na curva da vereda,

alucinava quem o descrevesse

e soltava na garganta de um só ,

minúsculo homem,

A palavra respeito.

Respeito.

Aquele velho jatobá,

De frondosa formosura,

agradece a floresta, abraça o tempo,

e converte-se em imponência.

Imperatriz das árvores

teme agora um novo destino:

Máquinas vorazes

de contemporânea dor

que causam real temor.

J Franco
Enviado por J Franco em 26/10/2005
Código do texto: T63980