TOQUE
Feito neves caindo, ou novelos esbranquiçados
Aos poucos, completamente, imperceptivelmente.
Juntando aos teus semblantes calmos , nublados.
Vai saindo pelas portas dos dias, só o tempo sente.
No passado, talvez, tendo passado, nosso caminho.
Como um rio de águas correntes, em nosso curso.
E nos dias de lonjuras, distanciado, separado ninho.
Alma carente, num lugar qualquer, exíguo discurso.
Passaram felizes as manhãs, acordando nascentes.
Nossas histórias, livro de memórias, confinamentos.
Nortearam condutas tão inusitadas, e reincidentes.
Não era hora certa, só nossos dias, em movimentos.
Custando a crer, quando apagava, em nosso olhar.
Os ponteiros, rodaram, fazendo as horas passarem.
Mas, neve posta em alegria, tua mão,vem me tocar.
Impossibilitando anseios, tal força ,então negarem.
O toque do tempo,relutando,mostrando uma hora.
Simplesmente, nem somos donos, de nós mesmos.
Esticando uma linha, como uma pipa indo embora.
Tendo as estrelas nascentes, nos mesmos esmos.