APAGA-SE A LUZ

APAGA-SE A LUZ

Apaga-se a luz:

numa casa qualquer,

num poste qualquer,

tendo-se a aparente

impressão

de que nenhuma delas

fosse mais acender;

porque numa casa,

melhor dizendo,

num lar, apos certa hora

da noite,

quando o silencio

predomina nos comodos,

ou nas falas emudecidas

dos grupos domesticos,

com a luz apagada,

e mais adequado se falar

pela voz silenciosa da alma,

e mais conveniente ver

pelos olhos da alma

no escuro.

Mas, e quanto a luz

do poste apagada

no ermo da noite

sem gente, que passou,

enquanto a luz do poste

estava acesa?

Da mesma forma,

houve um aparente

silencio escurecido.

Houve uma aparente

ausencia de gente que,

sendo alma do outro mundo,

continuou passando

pelo poste de luz apagada,

enxergando no escuro

com os olhos da alma,

e falando silenciosa

pelo recurso

do pensamento mediunico.

Ocorre que,

tanto a luz da casa

como a luz do poste,

sao intermitentes.

Ora acende ora apaga.

Ora e luz ora e treva.

Ora e estrela luzente

ora e orbe obscuro.

Ora e vida ora e morte.

E a Luz de Deus faz brilhar:

a luz da casa,

a luz do poste,

a luz humana,

a luz da alma,

pelo amor eterno

que devota a todas as coisas.

Escritor Adilson Fontoura

Adendo: alguns acentos nao

estao postos, porque duas

teclas estao defeituosas.

Adilson Fontoura
Enviado por Adilson Fontoura em 25/05/2018
Reeditado em 06/12/2020
Código do texto: T6346504
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