NAO ME CABE
NAO ME CABE
Escrevo,
mas nao me detenho
apenas no instante
do ato simples
e irresistivel
que me impulsiona
a escrever;
porque ha tantas
coisas ocultas
no casulo de minha
alma andante,
que os versos
instantaneos
as fazem se mover
da morada espirita,
a passear em voo
como alma errante,
que detem-se no corpo
fisico, mas a qualquer
momento vai renascer
do outro lado
da vida incessante,
a sentir o impulso
renovado das coisas,
num eterno rejuvenescer.
Nao me cabe,
apenas no instante,
so sentir
o que penso escrever,
porque outras forças
ocultas me intuem,
numa constante
interaçao mediunica
de ideias, que aos poucos
ouso saber,
convicto no entanto,
que emanam
de energias espirituais
edificantes.
Nao, nao me cabe,
porque quando penso
escrever, o instante
se expande para alem
dos orgaos carnais;
e o impulso
e tao forte, que nao
tenho como conter
a leveza da inspiraçao
momentanea,
oriunda dos ilustres
amigos espirituais.
Escritor Adilson Fontoura
Adendo: alguns acentos nao
estao postos, porque duas
teclas estao defeituosas.