Um Príncipe Disfarçado

Seu porte físico exteriorizava com clareza

ares de realeza,

seu falar possuía sutileza,

seu proceder estava impregnado de gentileza.

Olhos profundos, alta estatura, pele clara,

uma beleza não rara,

se não valorizarmos o fundo e considerarmos apenas o exterior.

Mas sua beleza estava muito além,

era preciso conhecer o eu-interior.

Ele possuía melodia na fala,

suas palavras expressavam uma beleza singular,

que era complementada pela imensidão sincera do seu claro olhar.

Ao falar ele nos fazia viajar por contos de pureza,

singeleza,

Ele aprendeu à natureza valorizar.

Quando falava, expressava-se ou sorria ele fazia uma melodiosa poesia ecoar.

Ele era sincero, seguro, puro e diante dos nossos olhos desvendava seu mundo para quem quisesse apreciar.

As cortinas se abriam quando ele falava,

e a beleza exterior cedia lugar para a beleza da alma.

No falar ele demonstrava calma.

Sentia-se harmonia

com aquela melodia.

Agora ele era plebeu,

e das riquezas que a nobreza concedeu,

o maior tesouro que ele guardou foi o de reconhecer as maravilhas criadas por Deus.

Ele agora entendia

a real sincronia

e já não o apavorava ser carregado pelo abraço definitivo de Morfeu.

Era belo, verdadeiramente belo, o jovem príncipe disfarçado de plebeu.

Seu falar carregado de simplicidade,

de sinceridade,

preenchia os corações de felicidade.

Quando ele falava todos se calavam,

baixavam suas frontes,

acompanhavam o discurso,

não queriam perder o percurso

que transformava covardes em homens.

Ele era gentil, leal, sutil, humilde, penetrante!

O jovem príncipe era grande!

Ele conseguiu realizar a transformação,

já não valorizava o tesouro material,

trocou tudo pelo espiritual,

e edificou sua habitação.

O tesouro que os seus profundos olhos transmitiam

era o da boa intenção.

Mas ele ainda era da realeza,

seus trajes hoje eram o da real nobreza...

A nobreza de coração.

Suas vestes simples não disfarçavam sua real condição,

e mesmo quando ele nada dizia

sua imagem traduzia

o título que um dia esteve em suas mãos.

Foi príncipe o jovem rapaz, foi detentor de honras e glórias, possuiu tesouros materiais.

Mas, hoje, tudo o que ele queria era entender os imortais.

Seguia seu trajeto

por caminhos incertos.

Estudava o exemplo perfeito

e procurava seguir seus conceitos,

estava satisfeito.

A nobreza das posições sociais

já não pulsava em seu peito.

Ele agora pensava de outro jeito.

Não estava entediado,

o príncipe disfarçado,

estava feliz e iluminado.

Sentia-se realizado,

por aprender com a diretriz do Mestre Cristão sublimado.

O príncipe agora estava transformado,

mas sua realeza o acompanhava para todo lado.

Seus olhos profundos

enxergavam novos mundos,

sua beleza era incontestável.

O jovem plebeu era um ser amável.

Firme e seguro ele seguia seu caminho

buscando compreender um pouco do “Indecifrável”.

(Nijinska Nelly)

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Abrindo espaço e coração para mais esta bela interação da querida Vana Fraga:

Esse Mancebo Divino,

De Espirito Cristalino.

Do Qual Estas Referindo,

È Devèras O Ser + Lindo,

Que Aqui Anda Vindo,

Quem A Luz Sigo Refletindo,

Jà Efeito Benèficos Também Sentindo.

Nijinska Nelly
Enviado por Nijinska Nelly em 13/04/2018
Reeditado em 24/04/2018
Código do texto: T6307777
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