COMPANHIA
Estava de bobeira,
nem pensava em escrever algo,
mas deu-me na telha escrever um poema;
Daqueles que surgem de repente,
sem previsão, com nenhuma pretensão,
Daqueles que chegam na gente,
No impulso, como o pulsar do coração.
E no improviso saiu isto,
Algo que não sei se é poema,
Mas como não era previsto,
Creio que atende bem ao tema.
Sós, sozinhos, nunca estamos,
Há sempre conosco alguma companhia,
Por mais "deprê" que estejamos,
Há sempre um ruflar de asas que nos vigia.
São anjos que o criador nos envia
E que muitas vezes indifereciamos
Mas que nos cuidam noite e dia,
Mesmo que não os percebamos.
A alguns damos o nome de amigos,
A outros, simplesmente, colegas,
Porém, independente dos apelidos,
A nós, se oferecem em entregas.
Às vezes, os percebemos
E não queremos aceitar.
É preciso estar em sintonia
Com toda a carga de energia
Que está sempre a nos rodear.
A força Criadora está em todo o universo,
Não importa se acredita ou não,
Ela não depende de consenso
Muito menos da terrena aprovação.
Saiu isto no improviso.
17/01/2018
Riedaj Azuos