UM AMIGO ANGÉLICO
UM AMIGO ANGÉLICO
Pode não ser comum para uns
ou menos comum para outros,
porém, para mim, se tornou um hábito
ver um anjo ao meu lado.
Antes não o via,
e nem sabia que era médium
clarividente ou algo parecido
com revelação divina.
Apenas ouvia falar, ou lia acerca
desses seres angélicos que auxiliam
a Deus e a Jesus nas missões especiais.
Ficava encantado quando o descreviam
como seres alados branquinhos,
e pensava: por que não o descrevem
também, como seres alados negrinhos?
Afinal, o anjo que vejo ao meu lado
(a despeito de ser o mesmo em essência),
ora é um lindo ser de luz branco,
ora é um belo ser de luz negro.
A cor, nesse caso, é apenas um detalhe
diverso, destacando-se em sua
intensa luz perispiritual.
Penso que, se antes não o via,
é porque não tinha a alma sensível
para vê-lo. A alma receptiva para senti-lo.
A sintonia espiritual entre
os dois planos distintos.
Antes, ele era só um sincero amigo íntimo
ao meu lado, que não o via,
não o percebia, não sabia como desfrutar
dos excelsos valores morais
que ele estava ali, juntinho de mim,
sempre propenso a me ensinar,
a me semear, a me doar.
Agora, que a compreensão espiritual
é tão simples e espontânea
em minha essência, não só o vejo,
mas converso com ele
com tamanha intimidade,
que não sei mais ficar naturalmente,
sem a sua preciosa e valiosa amizade.
Algo interessante ocorre quando estou
com esse querido amigo angelical:
em palavras e gestos fraternos,
ele me ensina:
A amar e servir.
A auxiliar e assistir.
A consolar e perdoar.
A ser fraterno e pacífico.
A ser humilde e caridoso.
E, enquanto o meu corpo físico repousa,
ele me leva para passear
através de altos voos astrais.
Ao pousarmos numa colônia
espiritual feliz,
ele me diz,
quase num sussurro:
amado irmão, no porvir que se avizinha,
a Terra Regenerada será assim,
como essa colônia, bem paradisíaca,
mas as almas que lá viverem,
terão que merecer essa dádiva divina.
Visto que, o homem alcança
a simplicidade para viver,
sobretudo, sócio-afetivamente,
quando a moral lhe depura a essência.
Escritor Adilson Fontoura