Holocausto da alma
Esquartejaram todos os sonhos
Daqueles que se achavam estranhos
Por terem diferentes olhos
Verdes, azuis e castanhos
Explodiram a Torre de Babel
Com o mesmo sabor de um favo de mel
De quem pretende conquistar o céu
E registrar a glória em folhas de papel
Fuzilaram a esperança da alegria
Foram contra os ideais da poesia
Com um golpe acabou o dia
De quem suplicava mais um minuto de vida
Estrangularam a palavra do missionário
Mandaram uma carta a outro destinatário
Compraram a ideia de um mercenário
Venderam a caridade como se fosse um canário
Oh chicotadas da escravidão
Tenha misericórdia de quem não tem o perdão
E abomina os sentimentos que trazem o coração
De quem tem a alma presa no pântano da solidão