Holocausto da alma

Esquartejaram todos os sonhos

Daqueles que se achavam estranhos

Por terem diferentes olhos

Verdes, azuis e castanhos

Explodiram a Torre de Babel

Com o mesmo sabor de um favo de mel

De quem pretende conquistar o céu

E registrar a glória em folhas de papel

Fuzilaram a esperança da alegria

Foram contra os ideais da poesia

Com um golpe acabou o dia

De quem suplicava mais um minuto de vida

Estrangularam a palavra do missionário

Mandaram uma carta a outro destinatário

Compraram a ideia de um mercenário

Venderam a caridade como se fosse um canário

Oh chicotadas da escravidão

Tenha misericórdia de quem não tem o perdão

E abomina os sentimentos que trazem o coração

De quem tem a alma presa no pântano da solidão

Lucas Santana
Enviado por Lucas Santana em 21/12/2017
Código do texto: T6204892
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