CERTA ÁRVORE

CERTA ÁRVORE

Certa árvore na encosta para mim é especial,

porque quando a visito, na tarde que finda-se no ocaso,

logo que sento-me e nela me recosto

fecho os olhos, envoltos pela sensação de sonolência,

e sinto que uma impressão de paz toma-me o espírito,

quando me transporto para além da vida física.

Certa árvore, que me habituei a visitá-la,

porque algo profundamente espiritual existe nela;

como se ali fosse o recanto campestre escolhido

para repouso momentâneo de almas servidoras,

que estivessem passando para execução de tarefas

abnegadas, quais simples atos de auxílios espirituais.

Certa árvore, cuja imponência para mim, apesar

de sua nobreza vegetal, não se concentra apenas

no seu tamanho, mas também na boa energia espiritual

que dela emana, sendo que, se alguém sensível

tocá-la de leve, sentindo-lhe a aspereza da casca

envelhecida pelo tempo de vida secular,

irá nutrir-se de revigorantes fluidos vegetais.

Certa árvore, que sempre a visito como refúgio

para reflexões espirituais; posto que, tenho o hábito

de retirar dela, a seiva fluídica que alimenta

os meus poemas; as gotas orvalhadas que irrigam

as minhas inspirações; o lento, porém, contínuo

crescer da árvore que, no ápice do seu evoluir,

como a alma pura, exerce o servir espontâneo

semeando o amor e o bem em seu eterno existir.

Escritor Adilson Fontoura

Adilson Fontoura
Enviado por Adilson Fontoura em 16/12/2017
Reeditado em 16/12/2017
Código do texto: T6200601
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