HUMILDE CASA, ALMA HUMILDE

HUMILDE CASA, ALMA HUMILDE

Chegas, anjo,

como de hábito, na humilde

casa, e consolas teu irmão

que passa por árdua prova...

Chegas, bem sereno,

e trazes tua energia virtuosa,

que irradias

na simples casa e na alma

humilde, cuja prova

da enfermidade

lhe renova espiritualmente.

Chegas, serafim,

a pedido de Jesus,

para servir em boa causa,

e preparas o ambiente

doméstico ao instante sacro

da desencarnação;

a casa é modesta, e a alma

prestes a desencarnar

é também modesta; a vida

carnal já está quase extinta,

e o períspirito

quase todo desligado.

Quase nenhum parente

presente, se importa com a vida

carnal enferma desenganada;

muitos entes queridos

lhes irradia boas energias

em prol do tranquilo desenlace;

vê-se o contraste irrelevante

da pobreza material,

com a relevância da riqueza

espiritual no recinto doméstico;

vê-se derramar do teto espiritual,

centelhas de luzes estreladas.

A dor da prova,

transforma-se em alívio à alma

desmaterializada;

que vê à sua frente, abrir-se

tão luminoso, o portal

da espiritualidade; e o bondoso

serafim acolhe-na nos braços;

e os entes queridos abraçam-na,

emocionados; e ela, contente,

lhe sorriem, já desencarnada;

e a humilde casa,

envolta numa fragrância suave,

exalada das boas almas fraternas,

serviu de morada

temporária a uma alma boa,

que agora voa, qual pássaro livre,

amparada pelo anjo

e pelos entes queridos,

que a conduzem para viver bem

feliz, em alguma colônia

espiritual, onde a paz, o bem,

o amor prevalecem de modo

inalterável nas consciências

que habitam-na,

moralmente superiores.

Escritor Adilson Fontoura

Adilson Fontoura
Enviado por Adilson Fontoura em 02/12/2017
Reeditado em 01/10/2018
Código do texto: T6188274
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