A PRECARIEDADE DA VIDA
A PRECARIEDADE DA VIDA
A vida é como um relâmpago que risca os céus;
É como um piscar de olhos;
É como a flor, tão bela ao amanhecer, murchando ao entardecer;
É como o sol, esplendoroso no nascente, desaparecendo no poente.
O que é a vida para que se aposte tudo nela,
Se não haverá tempo para colher?
A vida é uma semente de vida eterna;
É uma esperança de outra vida.
De outro modo como entender a sede pelo além?
Como entender o horror da morte,
E a ânsia de prosseguir?
Eu penso, logo existo;
Porque penso, sei que fui criado;
E se fui criado, existe um criador.
Por que fui criado
E por que esse lapso de tempo aqui?
A razão me diz que é para procurar o criador;
E finalmente entender o mistério da vida.
Estamos numa viagem.
Alguém nos espera ao término do relâmpago,
No findar da tarde,
Ao fechar dos olhos,
Nas pétalas que caem,
Na luz que se esvai
E no chegar da noite.
Eu creio e espero.