Pungente afrodescendência
Ouço,
logo não resisto
Elétricas ondas,
me tomam
Descompassando,
o meu viver
Desejo de me mover
Angustiantes sons,
atabaques rugem
Acorda aquele,
que dorme,
em mim...
Minhas origens,
escondidas, gritam!!
A malemolência carnal
se expõe sem pudor
tamborins,surdos e agogôs
dialogam...
Pobre mortal,
se entrega,não nega
seu DNA
Deixa-se levar
e como na senzala
Louva intensamente
aos seus orixás
Uma pajelança,
incansável
Extraindo do corpo
suores,
dores,
cores,
dela, da mãe África
Extasiado corpo
açoitado por um cantar
Faz reverência para pai,
Aquele abençoado,
Oxalá!
juciara Muniz