Vem Senhor Jesus
VEM, SENHOR JESUS!
Olho para o céu, antes fonte de sonhos,
E só consigo pensar que, na abóbada celeste,
Há um enorme buraco, tornando inútil a camada de ozônio,
Protetora da vida na terra.
Indiferente a tudo, o homo sapiens,
Senhor do mundo, acaba com as florestas,
Desperdiça água, destrói aqüíferos,
Degrada e polui rios e mares,
E em nome do progresso
Constrói usinas e fábricas
Que lançam ao espaço
Fumaça ácida e venenosa.
Em sua saga homicida,
A humanidade é palco de guerras e conflitos,
Onde Nações lutam contra Nações,
Povos são perseguidos,
Crianças são abandonadas nas ruas,
Milhões de famintos clamam por Justiça,
Desabrigados e sem esperança se amontoam nas favelas
E as doenças se espalham pelo mundo.
Enquanto isso o desperdício dos poderosos afronta a pobreza,
O poder dos governantes, usado em benefício próprio,
Acastelados em seus gabinetes e condomínios,
Humilha os menos afortunados
E aprofunda as desigualdades.
Vejo a natureza, antes tão serena,
Rebelando-se contra os desmandos dos homens,
Derreter as geleiras,
Criar tsumanis e tornados,
Enviar furacões e terremotos
E devastar a terra e as criaturas.
E o homo sapiens?
Culpa o acaso, as estações agora confusas,
Mas não aceita que é o causador.
Pelas ruas e guetos, devolvido à barbárie,
Mata, destrói, escraviza e oprime os mais necessitados.
Homem! Onde está a tua sabedoria?
Deus te deu um mundo paradisíaco,
Que transformaste em caos.
Deus te constituiu em irmão de teus semelhantes,
E tu os fizeste escravos.
Deus te enviou sinais,
Para te corrigires,
E tu os ignoraste.
Só nos resta agora, usar o clamor bíblico,
E invocar em prece súplice:
-Vem, Senhor Jesus!