GRAÇAS AO PAI
Graças te dou pai pela minha vida
Pela vida dos que ajudei a gerar
Pela vida dos que me geraram
Pela vida dos que foram gerados
No mesmo útero, pelo mesmo amor
Que eu seja sempre este ser alumiado
Pelas estrelas e pela luz dos humildes
Nunca pelos faróis da arrogância
Daqueles que detém o poder
Que minha cabeça prime pela busca
Incessante dos mistérios da vida sem duvidar de ti
Assim esteja sempre livre para voar nas alturas
E jamais esteja atada aos dogmas da terra
Para que eu nunca seja um instrumento
Da vontade dos que tenham má fé e astúcia
Que eu não os ajude a esconderem-se
Sob o manto da pobreza
Nem dê seguimento às suas teorias e práticas gananciosas
Que o único mantra absoluto em que creia
Seja aquele pregado por teu filho
De que devemos amar uns aos outros
Tanto quanto nos amamos!
Que meus pés nunca busquem o conforto
Mas o caminho áspero da dignidade
Que eu leve o pão aos quem tem fome
O cobertor aos que tem frio
A palavra de conforto aos que se desesperam
Que eu seja apenas o portador de tua vontade
Nunca portador das injustiças
Que seja sempre o simples carregador das verdades
Que ninguém vê, mas que estão escritas no teu céu!