Deserto
Durante o dia a infinda areia ardente,
Sob o sol preme o corpo arquejante,
Que ao cair da noite se enregela!...
Na solidão d'um frágil abrigo,
Pergunta o porque de tal castigo;
Donde adveio tão triste sequela!?
_ "Vê que inda carrego a pesada cruz?
Mesmo que às cegas, clamo por Luz,
Se erro, não o faço por rebeldia!..."
Moeram-me os anos nesse deserto,
Tua Justiça é grande e decerto,
Imensa a Tua Misericórdia!
Não retires Tua mão de sobre mim,
Que ela me sustenha fiel, até o fim,
E eu brade lá, à Tua Glória: HalleluYah!