OLHAR
Alma, por que se dispersa? Vejo-a, tormento.
Vem a mim impura e desfigurada...
Que noiva!... Devo me envolver com ela?
Se pelo menos coberta continuasse!
Quebrado, desfazendo-me por ti!
Na minha plenitude, uma dor na alma persiste
como lembrança; a falta de ilusão me consome.
Sem esperança para me confortar,
eu que muito já vivi, sinto-me, apenas,
escuridão d’alma, no profundo olhar da morte!