"Staurós"
O sangue corre nas veias
e os corvos sobrevoam meu ser.
Ainda que me afaste dos males,
pendo-me em rude e fria teia.
Versículos rendidos pelos cortes
observam meus olhos a fecharem,
enquanto o frio invadindo janelas,
assovia ao vento a minha morte.
Cupins humanos em desenganos,
são traças vorazes dos subterrâneos.
E os colapsos daqueles planos
sangram-me num triste adorno platâneo.
Ó, medos meus! ...
A morte me enreda noutra palavra oca.
Niniz Voaglin