RE-ENCARNAÇÃO
Na estreita e sombria vila,correm a gritar:
-"Fujam todos. O fogo está a consumar "!
Crianças,velhos,jovens assustados,
Estão todos a se olhar.Horror.
A pobreza é tanta,não há como escapar.
Num relance ali estou.Jovem e formosa,
Vastas tranças cor do ar.
Encosto-me à parede de tosca casa,
De pedra rudimentar.
A soldadela é ligeira,o chicote a açoitar.
Muitos caem. O choro das crianças a angustiar.
Que querem os bárbaros aqui neste lugar?
Somos pobres operários
Da realeza,a nos achincalhar.
Colo-me à parede.Ninguém a me notar.
Os homens são ligeiros.Devastaram nosso lar.
A fúria tanta;arrasa,sangra,esfola e mata.
O Coração desolado,dispara.
No terrível instante, vejo-me só.
Sou arrebatada do lugar.
Acordo transtornada.
É muito singular!