"Alma escrava"
Era uma casa nova
com cismares velho,
Era um morador novo,
Em uma casa tão velha.
Trazia consigo alforria...
Aval de sua liberdade,
à muito já assinada...
Mas, ainda enclausurado,
nem sabia que era livre.
Sentia em sua alma a dor,
e todo o peso da chibata.
Era um fantasma moço...
de uma alma tão velha,
Gritando sua liberdade!
Onde era o próprio algoz.
Seus cismares lhe cobrava,
As vezes que foi senhor...
E tantas outras, escravo.
Autor Wilson Rosa da Fonseca