De Nada Sei
Não sei se naquela tarde enviuvada, a mim fizeste chorar. Mas acho que sim; muito. E eu não percebi o desgaste
Não errei! Não errei!
Pensei chorar de medo, e sorri abestalhadamente do desconhecido! Senti as mãos dormentes de frio, de dor, de pavor...
A derradeira vida morta só conhece quem sente o coração parar algumas vezes.
Sofri olhando, sofri ouvindo a opereta lúdica omitindo a luz, omitindo uma certa tristeza no olhar que encantava ao cantarolar, ao representar, e eu a olhar
O soneto estapafúrdico que compus, reli na noite anterior e apaguei da memória sensível ao tempo passado.
Tive olhos avermelhados, posto que chorei, e o meu coração morreu batendo. Um surdo! Um surdo...
Quanta beleza vejo no que disfarça o texto interminável do poeta louco.
Temos perdão pras loucuras cometidas por amor.
Joguei fora o que ficou do acaso,
e se também te fiz chorar sentir-me-ei cruel demais e novamente chorarei com olhos rasos... Fundos... Profundos
Não chegas ao tudo que reconheces em mim, há muito o que saber, há muito o que rever, sentir e entender.
Digo por caminhos que não conheces em meu espírito, então te digo: sem desejos carnais as vezes vivo.
Não sabes!
Estes são esquecidos; tornam-se para mim inapetentes! É assim por alguns dias parecidos com o inverno, então, escrevo viagens
A senhora indomável merece o insulto,
Pois sua "crueldade" odiosa reveste-se de dor pra alguns, amor pra outros poucos...
É inocente e vulnerável
Imparcialize-se e veja... vide verso
em teus erros, aqueles que deixas claro no escuro onde te escondes tantas vezes em soluços
Não quero estar e estou na dança.
No meio do povo vou,
Um capuz esconde-me a face fria ao invernar em mim
Quis que naquele dia chovesse pra alagar o chão e afundar nossas mentes na doce e cristalina água do céu bordada em nuvens.