NOITES SILENCIOSAS

Às vezes,

no fundo do quintal

em noites silenciosas,

costumo ver,

sobre as frondes,

alguns vultos espirituais

que não só me sorriem,

mas inspiram-me para compor

versos astrais; e eu me sinto bem,

compondo no transe mediúnico

na companhia de almas dadivosas.

O vento fresco da noite

balança os galhos

das árvores escurecidas,

enquanto as almas amigas

levitam com seus corpos celestiais.

Nesses momentos

de desdobramento espiritual

minha alma passeia

por entre as cercanias anoitecidas,

sentindo a leveza da vida

desencarnada,

sem a angústia eventual dos vazios

sentimentais.

Minha alma aprende,

com os bons espíritos,

a nutrir-se dos bons sentimentos.

Por isso, me deleito, como médium,

em servir aos bons propósitos

evolutivos. Me espiritualizo

no exercício da arte literária,

pela absorção mediúnica

dos bons pensamentos.

Enquanto me cercam poetas

e escritores desencarnados,

inspirando-me para escrever textos

sensitivos. Sempre vejo nessas noites

silenciosas, a beleza eterna

da harmonia celestial.

E, com frequência, ocorre-me voar

pelos espaços noturnos astrais,

na companhia agradável de espíritos

literatos. São eles que me inspiram,

muitas vezes, a compor sugestivos textos

como este, que agora concluo,

sentindo na consciência artística,

os abraços fraternos dos irmãos espirituais

que me esperam, em algum porvir,

na eternidade.

Escritor Adilson Fontoura

Adilson Fontoura
Enviado por Adilson Fontoura em 29/12/2016
Reeditado em 17/11/2021
Código do texto: T5866412
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