A ALMA QUE NÃO SE EDIFICA
A alma que não se edifica,
acumula em si um deserto
moral que lhe prejudica
e lhe retarda a evolução.
Como um rio que,
por não ser perene,
flui sem fundura fluvial
sem que nele se navegue,
temendo o naufrágio,
sem o alcance, assim,
do porto almejado.
Porém a alma, em seu eterno
existir, dispõe de sucessivas
reencarnações para evoluir.
De modo que,
conforme o seu livre-arbítrio,
se ela não progride,
também não regride,
mas apenas estagna em sua
útil pretensão de avanço moral.
O ciclo evolutivo da alma,
semelha a subida de uma
grande e íngreme ladeira.
Haverá quem a deseje subir
num tempo vagaroso,
descansando um pouco
no meio do percurso,
antes de chegar no seu topo.
Haverá quem olhe para ela
e dê somente alguns passos,
desistindo no início
(por fraqueza espiritual),
da caminhada laboriosa.
E haverá quem, revelando
firmeza de caráter na aplicação
da aprendizagem existencial,
resolva, num ritmo de seguir
ascendente, aproveitar melhor
o modo de subir a ladeira,
sem o acúmulo excessivo
dos tropeços impeditivos,
encurtando o tempo
(por elevação moral),
do alcance meritório
de sua plenitude evolutiva.