A ALMA QUE NÃO SE EDIFICA

A alma que não se edifica,

acumula em si um deserto

moral que lhe prejudica

e lhe retarda a evolução.

Como um rio que,

por não ser perene,

flui sem fundura fluvial

sem que nele se navegue,

temendo o naufrágio,

sem o alcance, assim,

do porto almejado.

Porém a alma, em seu eterno

existir, dispõe de sucessivas

reencarnações para evoluir.

De modo que,

conforme o seu livre-arbítrio,

se ela não progride,

também não regride,

mas apenas estagna em sua

útil pretensão de avanço moral.

O ciclo evolutivo da alma,

semelha a subida de uma

grande e íngreme ladeira.

Haverá quem a deseje subir

num tempo vagaroso,

descansando um pouco

no meio do percurso,

antes de chegar no seu topo.

Haverá quem olhe para ela

e dê somente alguns passos,

desistindo no início

(por fraqueza espiritual),

da caminhada laboriosa.

E haverá quem, revelando

firmeza de caráter na aplicação

da aprendizagem existencial,

resolva, num ritmo de seguir

ascendente, aproveitar melhor

o modo de subir a ladeira,

sem o acúmulo excessivo

dos tropeços impeditivos,

encurtando o tempo

(por elevação moral),

do alcance meritório

de sua plenitude evolutiva.

Adilson Fontoura
Enviado por Adilson Fontoura em 23/12/2016
Código do texto: T5861723
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