Estranha síntese de enganos
Sou o que sobrou dos meus erros,
estranha síntese de enganos,
que através de tantos anos,
aos poucos se acumularam.
Para aquilo que restou,
olho, triste, perplexo,
tentando achar algum nexo.
Tento, atento, me salvar,
mas não há mais nada de mim:
só partes a se juntar.
Porém, com muita esperança,
olho cada um dos pedaços,
cada peça, cada estilhaço!
Quem sabe um deles, quiçá,
comece de novo a brotar?
Quem sabe, faça de mim,
um novo ser, que, exuberante,
vá então ressuscitar?
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Histórias do Futuro