Vidência
Eu tive um sonho estranho,
Meu corpo na ribanceira
Os deuses me davam asas
O sol derretia a cera.
Em meio a queda livre
Eu pude ver uma aldeia
Moruba esperava-me alegre
Para iniciar-mos a ceia.
Não tinha carne de bicho;
Só puro mel de abelha.
Índio por sinples capricho
Respeita cabra e ovelha.
Tudo que morre é sagrado,
Todo amor é intenso!
O mal não é consagrado;
Por isso, penso e repenso.
Aqui é tudo engraçado
O tempo responde ao vento.
Leões e lobos, alados...
Vigiam a entrada do templo.
Eu tive um sonho exótico
Meu corpo na ribanceira
Os anjos me seguraram
Evitando a bagaceira.