O anjo humanizado
Um anjo níveo e pálido
Caminha descalço
Pois um dia alguém lhe disse
Que humanos precisam
Manter os pés no chão...
Ele caminha, então
Desprotegido, pois tem asas
Que não pode usar
Se quiser se humanizar
O anjo ganhou o medo das alturas
E seus pés se ferem nas pedras duras
Mas sua maior pena
São as penas caídas
De suas asas reprimidas
Que já não lhe servem mais
Perdido e ferido, nenhum caminho é seu
Espera “a penas” algum dia
Dormir o Eterno Sono
Para então ser anjo de novo.