Silêncio
 

Quando as palavras fogem
E as frases voam pelos ares
A dúvida invade todo o corpo
Chega então o tempo do silêncio.
 
Somente esse gesto sereno e doloroso
Onde a linguagem perde o seu sentido
É ainda capaz de expressar ao outro
O indizível com a oralidade.
 
É o limite verbal dos argumentos
Fim dos discursos gregos e romanos
Mas resta também entrar no mundo
Das sensações escritas pela poesia.