Desterrados
 

Eles vivem em lugares tão diferentes
Muito além dos desejados horizontes
Afastam-se das festas reluzentes
E em silêncio, vivem a solidão.
 
São eles seres desterrados
Levados para solos tão distantes
Onde perdem, em dores, suas raízes
Esquecidos por motivos tão diversos.
 
A saudade consome a esperança
De retornar à sonhada terra natal
Como se fosse ainda tão possível
Reencontrar um pouco de si mesmo.
 
Conhecem amigos, culturas e sabores
Mas são ligados à eterna infância
E aos amores que não mais existem
E mesmo assim alimentar a alma.