SÚLICAS
A noite descia morna e calma...
Em seu leito de dor, serena agora,
Luzia a filha de minh’alma,
Ardia em frebre,
porém mansa...
E para mim’alma sofrida em largos prantos
Denotava agora um misto de esperança.
Senhor...
Salve minha flor de encanto...
Ouvi ó Mestre esta mãe em pranto...
Que te implora...
Com fervor!
Fechei os olhos em oração profunda...
Ouvi então cantos de anjos,
E na cortina ondulante
A claridade calma e colorida entrando,
Atingiam meus olhos fechados e comovida,
Vi Luzia em direção ao canto.
Corri ao berço icrédula e angustiada...
E vi meu anjo ali adormecido e inerte.
Trazendo nos lábios um sorriso incerto,
Como a dizer:
O Senhor te ouviu Mamãe...
Eu estarei sempre por perto.