À UMA IMAGEM DISTANTE
Lá muito longe se erguiam,
Quais fantasmas a esvoaçar,
Dois em um só ali se uniam
Belos coqueiros junto ao mar.
Apontavam para o azul do céu
As verdes folhas a balançar,
Seus corpos tão separados,
Mas se abraçavam no ar.
Assim é o corpo e o espírito
Presos aos laços terrenos,
Nos tornando tão pequenos,
Esquecendo bem depressa
Para onde iremos voltar.
Apesar de estarmos na Terra
É muito importante deixar
Que a nossa alma busque
As riquezas mais profundas
Do nosso celeste lar.
Sei que novamente partistes,
Talvez para mais longe de mim,
Mas sei que o tempo é infinito,
Tem os seus mistérios,
Nos traz surpresas sem fim.
(“Casa dos Conselhos”- 12/ 2011).
Roseleide Santana de Farias
Cabedelo/PB