BUSCA
Nessa busca eu me empenho,
O caminho silente me espanta,
A interrogação chega-me à garganta
Num grito que a custo contenho.
A alma, filha de engenharia santa,
É riqueza, único tesouro que tenho?
Responda-me: quero saber desse engenho
Vindo do espiritual que me encanta.
A necessidade de saber me consome.
Em que lugar vivem as almas no infinito?
Orientador ouça, por favor, o meu grito
Para aplacar a sede e a fome,
De saber a complexa verdade:
Voltarei em outra vida?
E se a missão não for cumprida
Passarei indo e vindo toda eternidade?
Perdoa essa minha curiosidade,
Tenho em mim que vim das estrelas
Os meus olhos não se cansam de vê-las,
Sentindo inexplicável saudade.
06/07/07.