Ciclo Divino
Ciclo Divino
Desfalece sobre o leito terroso
Sem vida, murcha e desvanecida
Enrugada, flácida e desconhecida
O tempo atua impiedoso
Desprovida da cor que embelezava
Aos auspícios do destino deixada
A flor de beleza singela e imaculada
Enquanto morta agonizava
Abatida de seu caule protetor
Entorpecida pelo golpe fatal
Chora a vaidade esvaecida final
Esperando a terra lhe decompor
E como a Divina lei determinou
Retorna a vida, solo rejuvenescido
A vida que havia se perdido
Preenche a vida que se criou
Eduardo Benetti