Imortalidade do luto
 
Maldita ideia que não me sai da cabeça,
Que me culpa e cobra os porquês,
De ter deixado tudo isso tão guardado...
Ah! As reticências que não permitem
Que nada se acabe, que a vida,
Tenha também, um ponto final.
Não há caixão, que mesmo enterrado,
Nem corpo, que depois de cremado,
Consiga levar para o além,
A danada da lembrança...
Ah! Ainda as malditas reticências...
Elas guardam o meu luto eterno,
Interminável, de uma agonia infindável.
Sim, nisso somos todos iguais,
Nossas lembranças nos atam em nós,
E nos tornam a todos, imortais!