À luz de velas

O monge escreve...

O monge e seus escritos.

Teólogo, o homem sabe,

como uma águia, todos

os meandros do céu em

passagens que seriam mel

para muitos, mas não são

nem perto disso, verdade.

O monge escreve...

À luz de velas, com uma

pena no papiro, o

religioso perscruta

as letras, divinas e

espectrais, sombriamente,

ao mesmo tempo, já que

guardam a contrariedade.

O monge escreve...

A vida passa, a vida

passou e o monge não

esmoreceu em sua luta.

Como um leão, o homem

guarda as fêmeas dos

outros leões, inimigos

e são inúmeros, sim.

O monge escreve...

O devoto tem uma certa

qualidade: recepção;

que lhe é própria, assim,

o pregador é ativo

e possui a sua força,

enquanto que o devoto

é receptor e comunga.

O monge escreve...

Sua perspicácia é vasta

e permite que obtenha

tanto a inocência

da ovelha quanto a

esperteza da serpente,

trazendo luz onde era

trevas para reinar Jesus.

O monge escreve...

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)
Enviado por Mauricio Duarte (Divyam Anuragi) em 19/12/2015
Código do texto: T5485472
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