O Exilado

O Exilado

Pés descalços e pedras que furam,

Onde está o Éden que não o vejo?

O ar está cheio de desamor, há dor.

Pelas ruas vou seguindo o dissabor.

A visão em que tudo desmoronaria,

Repudia – No meio desses estranhos.

A verdade é que sempre Te pertenci,

E de bom grado ao eterno me doei.

Abri a porta e quis ver o outro lado,

Não sei como suportei, mas não gritei!

Tudo o que eu queria era entender...

Mas ainda não sei como é ser livre.

O meu inimigo é um camaleão nato,

Está me olhando, está por todo lado.

E ainda que meus passos sejam curvos,

Com olhos turvos sempre volto para Ti.

Eles são nós formando novos nós.

E o destino os está partindo brutalmente.

Fecham os olhos sem ter qualquer perdão.

Mas eu irei encontrar um lugar de paz,

E não precisarei de chão sob meus pés.

Ainda que aqui pareça uma eternidade,

Outra Eternidade não está muito distante.

E ainda que por hora eu esteja sangrando,

Estou segurando o coração para estar seguro.

Victor Cartier

Victor Cunha
Enviado por Victor Cunha em 03/11/2015
Código do texto: T5436886
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