A Soma.

Na adversidade do espírito,

Sob as asas dos anjos cobrindo-me,

Sou toda a sombra que se deita.

Nos efeitos do tempo alusivo.

Rios negros de margens infindáveis,

Tendo minha alma, atravessando,

Ao pouso do colibri indefeso.

Como espelhos dos sóis avessos.

O trinco da morte que me lança,

Beiro-me, no início, remendado.

Ó vida, porque buscas, tantas palavras.

Pelo caminho percorrido ao vento,

Nos enlaces do corpo timbrado!

Igual, a soma, do espaço perdido.

Ednaldo Santos
Enviado por Ednaldo Santos em 04/10/2015
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