PAPEL PICADO
PAPEL PICADO
Papel picado
Jogado no ar
Cada pedaço
Indicando o tema do dia:
Fantasia.
O tema do dia é fantasia...
Quando não se alimenta
O elo amarela
Corrói e fenece.
É o embrião
Na corrida em disparada
Na ovulação da poesia.
O sopro do vento
Em constante movimento
Querendo manifestar.
A frase solta,
Com qual imã
Numa linguagem de estilo
Em aglutinação.
Vejamos agora,
Fantasia:
O que irá prolatar.
Satisfaz-se ao autor,
Por certo irá fartar
O leitor sedento
E faminto no Ilídio
De cores em paradas precisas
No afago d'alma
Em festivo devaneio
Perpetuando a rima,
A inspiração primeira,
Instrumento de DEUS.
A caixa cheia de papel picado
Com temas temáticos
Apanhado ao vento
Colando a mente o imaginário
A válvula de escape,
O suspiro,
As batidas do coração.
As palavras ditas,
A fibra ótica
Interligando almas dispersas
Em única conexão.
O mantra sonoro harmoniza
Dando vazão,
Fantasia criando
A sua própria canção.
O mistério
Da fenda cósmica
Em comunicação.
Não importa a língua,
A cor ou raça,
Gênero ou qualquer lugar,
A forma que aprouver
Se manifestar...
Tente, tente...
Sua fome desaparecerá...
Belo Horizonte,24 de setembro de 2015 – Atalir Ávila de Souza