A VIAJEM

A Viajem

O que posso levar?

Nada além do que posso imaginar!

Na bagagem contida

O espaço intenso

As surpresas por vir a ela agregar:

O micro organismo

Alado do tempo

Soltos arrepios a perscrutar!

Sem fome,

Sem sede,

Um lampejo,

A plataforma segura sem rupturas.

Somente a coragem

De se lançar.

Sem pegas

Nem peias a obstaculizar.

A mochila:

Feridas as costas fica pra trás.

O viajante

A asa macia comodamente se vai.

Parada obrigatória,

O rumo escolhido por parte,

Fugaz...

O peso gravita,

A leveza do fio branco do algodão!

No sentido dos contrários,

Necessários ao êxtase a emoção.

Um novo rumo

No clarão colorido

À mistura das cores:

O deleite contido

A alma a banhar-se

Em tintas jamais vistas,

Pintura invisível distante mortal!...

Seguindo a viagem com novos matizes:

Visão complexa abstrai e consolida num único sentido

O invólucro alado

Rompendo as barreiras

Que ficaram para trás.

À volta

Um novo sentido

Com novo colorido

De tintas plasmadas

Na alma mortal.

Preparando pra n’outra viajem a se lançar!..

Belo Horizonte, 12/01/13 – Atalir Ávila de Souza

Atalir Ávila
Enviado por Atalir Ávila em 19/09/2015
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