Poema espírita!
Estou solitária na praça,
Ao meu redor tantos rostos,
Tanto movimento e tanta gente,
No entanto, ninguém me via,
Não me notavam,
Mas eu as via, eu as notava,
As observava, e as tocava,
Mas elas não me sentiam,
Algumas se arrepiavam,
Outras simplesmente me ignoravam,
Dai me senti mais só ainda,
Queria pelo menos ser notada,
Apreciada que fosse por um momento,
Porque a impressão que tinha é que,
Há muito tempo eu não era tocada,
Sentia o frio da indiferença das pessoas,
Vagava sempre só e juntamente com elas,
Ouvia suas conversas e participava de seus sorrisos,
Porém aparentávamos ser de mundos diferentes,
Só que no mesmo tempo e espaço,
Indaguei, e agora o que faço?
Sem lar pra voltar,
Sem família pra brindar,
Nada nem ninguém a me cobrar,
E o amor de minha vida,
Onde estaria agora,
Quero voltar à seus braços,
Sentir seus lábios,
E o calor de seu corpo...
Calor não o tinha mais,
Beijo de meu amor não mais teria,
E diante de mim, braços estendidos,
Convidando ao novo abrigo,
Não havia notado que meu corpo,
Jazia á tempos na terra,
E meu Espírito estava novamente livre,
Com amigos de outrora,
Com amores infinitos,
Vivenciando a etapa seguinte,
De um entardecer de uma existência...