LEMBRANÇAS
Sobre a copa das árvores o último vento,
e as folhas começando a amarelar,
o outono se avizinha e logo chega.
Mansamente a água do riacho desliza
entre estreitas margens buscando o rio,
só escuto o suave rumor nas pedras.
A tarde é sufocante, triste e sem brilho,
apenas folhas que caem e os bosques vazios,
no céu não vejo o meu motivo para sorrir.
Cotovias e sanhaços atônitos fazem ninhos,
formigas apressam-se a estocar suprimentos
enquanto cigarras quebram o silêncio.
Lentamente a noite chega e as cores se vão,
agora cantos da noite se fazem ouvir
e os pássaros gorjeiam canções de ninar.
Tantas lembranças, tantos momentos lindos,
tudo que se foi e que não volta mais
são apenas lembranças para sempre.
* Esta poesia está no livro "Mania de Escrever" a ser lançado brevemente com poesias diversas. Visite o blog http://manniadeescrever.zip.net com poesias do referido livro.