CARMAS
CARMAS
Fernando Alberto Salinas Couto
Misteriosas enfermidades raras,
infortúnios que deixam chagas,
belos romances interrompidos,
são como a paz rompida por iras.
Sequelas que o tempo não cura
e, muitas vezes, levam à loucura.
Dívidas sempre na alma cravadas
por erros que não se lembra mais,
eis que cultivadas em outras vidas,
carregam consigo muitos sinais...
Obsessões que não se compreendem
e nobres gestos que não sucedem.
Carmas, tumores n’alma plantados,
mas que, um dia, serão arrancados.
RJ – 12/07/15